Chegamos ao terceiro capítulo de nossa Declaração de Fé. Ele oferece a seguinte informação em seu início:
Cremos, professamos e ensinamos o monoteísmo bíblico, que Deus é uno em essência ou substância, indivisível em natureza e que subsiste eternamente em três pessoas – o Pai, o Filho e o Espírito Santo, iguais em poder, glória e majestade e distintas em função, manifestação e aspecto [...] (Mt 28.19) (2019, p. 39).
Diante
desse artigo de fé, as Assembleias de Deus no Brasil colocam-se na esteira da fé
ortodoxa, afirmando Deus como Trindade Santa e Eterna. Fundamentamo-nos na
Bíblia, que revelam com clareza que a Santíssima Trindade é real e verdadeira.
Nela encontramos uma só essência, substância, em três pessoas.
Ressalta-se
que cada uma das três pessoas, possui todos os atributos da divindade. As
Sagradas Escrituras chamam, de maneira textual, a cada uma delas de Deus.
Contudo, afirmam com a mesma clareza que há um só Deus e que Deus é um (1 Co
8.6; Gl 3.20; Ef 4.6).
Junto
com a afirmação da unidade de Trindade, negamos o unicismo, unitarismo e o
triteísmo, uma vez que a unidade de Deus não contradiz, de forma alguma, a
doutrina da Trindade, porque Deus é uma unidade dinâmica. O relacionamento
entre as pessoas é desde a eternidade.
De
maneira simplificada e, portanto, dentro da limitação da capacidade humana,
afirmamos que o Pai é Deus, o Filho é Deus e que o Espírito Santo é Deus.
O
Pai é identificado abundantemente nas Escrituras como Deus (Jo 6.27; Gl 1.1,3).
Ele possui a mesma essência divina das demais pessoas da Trindade.
O
Senhor Jesus Cristo é o único Filho de Deus, desde a eternidade, e possui a
mesma natureza do Pai. Aqui seguimos a Fórmula Trinitária “consubstancial com o
Pai” (em grego, homooúsion to patrí – da mesma substância com o Pai).
Essa formulação qualifica a unidade de essência do Pai e do Filho (Jo 10.30). O
Filho, Verbo, se fez carne e possui agora duas naturezas, a divina e a humana.
Ele é verdadeiro Deus e verdadeiro homem. “Cremos em sua concepção sem pecado
no ventre da virgem Maria. Negamos que tenha sido criado ou passado a existir
somente depois que foi gerado por obra do Espírito Santo”. Em obediência
voluntária e irrestrita ao Pai, morreu e ressuscitou para a salvação do ser
humano. Subiu ao céu e está à direita de Deus Pai. Jesus Cristo é o único
mediador entre Deus e o homem, “o propiciador, o único salvador, nosso Sumo
Sacerdote e intercessor”.
O Espírito Santo é da mesma essência do Pai e do Filho. Ele foi enviado ao mundo pelo Pai e pelo Filho. É Espírito que provém de Deus (1 Co 2.12) e penetra até as profundezas de Deus. O Espírito Santo dá prosseguimento ao plano de salvação. Ele regenera, purifica e santifica o homem e a mulher; Ele convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo. O Espírito Santo “concede a segurança da redenção e capacita o salvo para o serviço”. Ele “inspirou os profetas e apóstolos bíblicos, reparte os dons espirituais e produz” nos salvos “as virtudes que refletem o caráter de Deus [...]” o “fruto do Espírito” (Gl 5.22,23).
Sole Deo Gloria